O adolescente suspeito de usar a linha de cerol que atingiu e matou o trabalhador rural Adenilson Moraes de Araújo, de 37 anos, foi indiciado por ato análogo a homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Essa foi a conclusão do inquérito da Polícia Civil.
O acidente ocorreu em 1º de setembro, no km 714 da BR-101 — trecho de Eunápolis, no extremo sul da Bahia.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), Adenilson trafegava pela via quando foi atingido pela linha. O cerol provocou um corte profundo no pescoço dele, que perdeu o controle do veículo e caiu. O homem morreu no local.
A investigação policial apontou que três adolescentes empinavam pipa, mas apenas um deles, um rapaz de 17 anos, foi apontado como autor do ato.
O uso do cerol, substância que mistura cola com vidro, já é proibido pelo Código Penal Brasileiro, com base no artigo 132, que define como crime “expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente”. Mas um projeto de lei em tramitação no Congresso Nacional pode tornar a proibição mais específica.
Em fevereiro deste ano, a Câmara dos Deputados aprovou um texto que torna crime o uso de cerol em pipas. O projeto seguiu para discussão no Senado.
Quanto à pena, o PL propõe multa de R$ 500 a R$ 2,5 mil, aplicada em dobro em casos de reincidência. (g1)