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Caso Beatriz: vítima foi escolhida ao acaso, diz polícia

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Fotos: reprodução

O resultado do DNA e o depoimento do suspeito, com detalhes sobre o crime que batem com o que está no inquérito policial, embasam a crença da Polícia Civil de Pernambuco que Marcelo da Silva é mesmo responsável pela morte da menina Beatriz, em Petrolina, há mais de 6 anos. A motivação do crime foi porque Beatriz teria se assustado quando foi abordada pelo criminoso, que agiu para calá-la. Marcelo está preso na cidade de Salgueiro por outro crime, estupro de vulnerável, e foi identificado através de exames feitos na faca usada no crime. Ele confessou que matou Beatriz, explicou o secretário de Defesa Social de Pernambuco, Humberto Freire.

“Ao haver contato do assassino com a vítima, a vítima teria se desesperado. E por isso foi silenciada a golpes de faca. Essa é a motivação alegada e se coaduna com a dinâmica minuto a minuto, segundo a segundo, que foi feita no trabalho investigativo, técnico-científico. Reafirmo, 100% das imagens foram recuperadas. Não há o que macular essa investigação e esse trabalho técnico-científico”, disse o secretário. “Trabalho foi sério, comprometido, e chegou a uma prova técnico-científica”.

Marcelo disse em depoimento que conseguiu entrar na escola após um momento inicial de dificuldade – o local recebia um evento com mais de 2 mil pessoas. “Ele menciona que transitou no local, teve contato com algumas pessoas. E quando teve contato com a vítima, após um breve contato, conversa, ela teria se assustado, se exasperado, e então a motivação foi silenciar ela, porque ele ficou preocupado que houvesse um revés contra ele”, acrescenta. O suspeito não detalhou o que conversou com a menina.

Não há indícios de que Beatriz tenha sido vítima de qualquer violência sexual. A faca usada foi levada por Marcelo. “Ele já tinha a faca, circulou durante algum tempo, e as imagens corroboram, não tenho aqui detalhe da quantidade de minutos. A dinâmica foi estudada de segundo a segundo. Do momento que ele está lá fora, vultos, imagens não de muita qualidade, mas que podem trazer à investigação essa dinâmica”, explica o investigador. “Ele entrou no local porque tinha muitas pessoas e queria conseguir algum dinheiro para sair da cidade”.

Segundo a Polícia Civil, a força-tarefa vai continuar para concluir a investigação, compilando tudo que é necessário para finalizar o caso. “O acusado está preso por outro crime de estupro de uma menor de idade”, acrescentou o secretário, explicando que Marcelo não era de Petrolina e estava de passagem.

A investigação não tem indicativo de outros criminosos envolvidos, e na confissão Marcelo diz que agiu sozinho. “A escolha da vítima, segundo a investigação e confissão, foi ao acaso. Ele estava transitando. E em razão desse desespero momentâneo dela (a matou)”, reafirma.

O secretário ainda esclareceu que Beatriz foi morta com 10 facadas, e não 42. Segundo ele, foram 42 fotografias de lesões, mas uma mesma facada causou várias lesões.

A coletiva aconteceu na Secretaria de Defesa Social de Pernambuco, no Recife, na manhã desta quarta-feira (12), um dia depois da polícia anunciar que havia identificado o suspeito pelo crime, que chocou o país.

Reconhecimento por DNA
O DNA foi coletado do cabo da arma, deixada no local do crime, pelos peritos. A faca foi entregue ao Instituto de Genética Forense, no Recife, um dia depois do assassinato. A partir da análise do material recolhido, foi possível comparar com o perfil de suspeitos. O DNA de Marcelo já fazia parte do Banco Estadual de Perfis Genéticos.

Ao todo, o material genético recolhido foi comparado com o de 125 pessoas consideradas suspeitas. Essas amostras foram coletadas pelos peritos desde 2015. “De lá para cá, o trabalho técnico-científico foi preciso de melhoria da qualidade da amostra”, disse ele, classificando o trabalho como um “refino” para permitir que a amostra pudesse ser inserida no banco para comparações.

O perfil de Marcelo está no banco genético desde 2019. A partir de um primeiro indicativo positivo na comparação, várias outras análises são necessárias para confirmar a identificação. O Instituto de Genética Forense fez nova coleta do material genético do suspeito, na semana passada, para novos testes. Quatro peritos geneticistas assinam o laudo que aponta que o material recolhido na faca é mesmo de Marcelo.  (Correio)

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