A advogada Bruna Morato, representante de 12 advogados da Prevent Senior, disse á “CPI da Covid” nesta terça-feira(28/9) que os médicos eram obrigados a receitar o “kit covid” por medo de demissão.
“Chegou a um ponto tão lamentável, na minha opinião. Esse kit era composto por oito itens. O plantonista dizia para o paciente: ‘Preciso te dar. Se eu não der, sou demitido. Se você for tomar, toma só as vitaminas e proteínas. Os outros (medicamentos), além de não terem eficácia, são muito perigosos'”, disse Morato.
A depoente também disse que o governo federal não queria lockdown e que firmou um pacto com a empresa, com o uso da hidroxicloroquina. “A informação que me foi passada é que havia interesse inicial vinculado ao governo federal de que o Brasil não podia parar. Estavam preocupados com a possibilidade de lockdown. Por conta disso, as informações levadas aos médicos em uma reunião promovida pela instituição foi a seguinte: existira uma colaboração com relação à instituição Prevent Sênior na produção de informações que convergissem com essa teoria, de que é possível utilizar determinado tratamento como proteção. No começo, se chamava de tratamento preventivo e depois, com estudos, entendeu-se que não era preventivo, e sim, precoce. Existia um plano para que as pessoas pudessem sair às ruas sem medo. Eles desenvolveram uma estratégia: através do aconselhamento de médicos, esse médicos eu posso citar de forma nominal – Anthony Wong, Nise Yamaguchi, Paolo Zanotto – e que a Prevent Senior ia entrar para colaborar com essas pessoas. É como se fosse uma troca a qual chamamos na denúncia de pacto, porque assim me foi dito”, afirmou a advogada.
Bruna negou ter ouvido que o Ministro da Economia, Paulo Guedes, estaria envolvido no pacto. “Na verdade, o que eles falavam era de um alinhamento ideológico. A economia não podia parar, e o que eles tinham que fazer era isto: conceder esperança para que as pessoas saíssem às ruas. E essa esperança tinha um nome: hidroxicloroquina…”, completou Bruna Morato. (aratuon)