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Polícia

Criança de 2 anos que morreu após parada cardíaca na Bahia bebeu cachaça enquanto pai dormia

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A família da criança de 2 anos que morreu após ter uma parada cardíaca, na sexta-feira (31), na zona rural de Juazeiro, no norte da Bahia, contou que ela bebeu cachaça acidentalmente, enquanto o pai dormia. O caso é investigado pela Polícia Civil.

De acordo com a Polícia Civil, a menina, identificada como Miriam Barbosa dos Santos, chegou ao hospital sem vida. Veja abaixo a cronologia dos fatos:

👉 Na madrugada de sexta-feira, o pai da criança deixou uma garrafa de cachaça ao lado da cama.

👉 Enquanto dormia, a bebê ingeriu o álcool.

👉 A mãe, que está gestante, não viu a situação e saiu de casa, nas primeiras horas do dia, para fazer exames de saúde na área urbana da cidade.

👉 Por volta das 8h, o pai deixou a filha na casa de uma tia, alegando que ela estava ‘bêbada’. Pediu ainda para deixar a criança dormindo até que melhorasse.

👉 A tia contou para a polícia que viu a criança duas vezes e que ela respirava normalmente.

👉 Por volta das 14h, quando o pai foi buscá-la na casa da tia, percebeu que a menina apresentava sinais vitais fracos.

👉 A menina foi levada para o hospital em um carro particular pela tia e por uma prima, mas já chegou na unidade sem vida.

👉 A mãe, uma tia, a avó e a prima prestaram depoimentos ainda na sexta-feira. O pai não quis ir na delegacia.

O caso foi registrado como homicídio culposo, quando não há intenção de matar, na delegacia de Juazeiro, onde é investigado.

A produção da TV Bahia conversou com um especialista, que explicou que o consumo de bebida alcoólica por criança pode ser fatal, mesmo ingerida em pequena quantidade. O cálculo é feito com base no peso.

Um exemplo: se a criança tem 12 kg, é preciso apenas 12 ml para causar a morte da criança. Quanto mais destilada a cachaça, menor a dose necessária para matar a criança.

De acordo com o especialista, a vítima pode ter ingerido pouco álcool, mas o efeito é muito maior nas crianças. No entanto, ressaltou que apenas os exames podem atestar qual valor ingerido e a Polícia Civil investigar se houve algum tipo de negligência. (g1)

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