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Crônica Covid: Parte 11 – Lawrence do Brasil, Rastros de Ódio e Mortes

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Por Gessé Macedo

Foto: ireporter.blog

As colunas da sabedoria revelam a importância das artes e dos esportes, magia mais forte que “Harry Potter”. Desta feita, utilizando alguns títulos dos principais filmes da história do cinema, o presente texto é uma singela homenagem aos operários das artes e a todos os desportistas, profissionais e amadores, muitas vezes sem oportunidades e patrocínios, talvez os mais prejudicados durante o período da atual pandemia.

 Nesse sentido, nunca na história deste país o setor artístico sofreu tanto, deixou de ser essencial. Obrigatoriamente as sessões de cinema foram coercitivamente transferidas para dentro das residências, proibiu-se as festas, daí, saudades das exposições agropecuárias e das comemorações de São João. Museus, teatros e circos fechados, lonas no chão e picadeiros isolados sem a alegria do público e a trupe da felicidade.

Os artistas perderam o protagonismo no triste enredo de terror da pandemia, tornaram-se meros coadjuvantes que se camuflaram em telespectadores do longa quilometragem do mal, cenas fortes, tristes e inesquecíveis, dor real de uma narrativa inexplicável, contada por estatísticas de óbitos.

Foto: ireporter.blog

 Lado outro, a exibição do “Olympia” 2020 está prevista para acontecer só em julho de 2021, um ano depois do programado, após novos recordes diários de mortes. Assim, “Era uma vez em Tóquio”, promessa de ser eletrizante, forte e marcante como “Ben-Hur” (1953 de William Wyler).

Mas, enquanto o “Titanic” afunda, “A Saga Crepúsculo” dos maus políticos continua sugando as verbas da Saúde, total desrespeito “À Regra do Jogo” (1939 de Jean Reroir). “Amadeus” cúmplices do assassinato de Mozart e de muitos outros artistas.

 O horror “show” do “Laranja Mecânica” virou figurante diante da Covid-19, uma espécie de “Janela Indiscreta” de Alfred Hitchcock, formas de mostrar que só Deus é perfeito e justo.

O país se encontra de “Pernas Pro Ar”, autêntica “Terra em Transe” de Glauber Rocha, tendo em vista que a “Tropa de Elite” já não é a melhor solução, mal consegue entrar na “Cidade de Deus”, segue presa nas marcas do “Carandiru”.  Portanto, diante de tantas dificuldades, o jeito é apelar para “O auto da Compadecida”, buscar as respostas na profundidade das lições apresentadas no “Central do Brasil” de Walter Salles, porque cada dia que passa fica mais difícil encontrar o “Candidato Honesto”.

Enquanto isso, longe das salas dos cinemas, sem dinheiro para comprar sequer as pipocas, com certeza, passa um filme incompleto nas cabeças de muitos cidadãos, sem saber qual a próxima cena e quando será o fim do cine terror da pandemia. Acredita-se que até o saudoso Zé do Caixão, ícone do cinema de terror no Brasil, jamais imaginaria ver o colapso no sistema funerário, tantos caixões em tão pouco tempo, uma tristeza!

Por tudo, o Oscar de melhor Ator\Atriz vai para? Os fura-filas das vacinas outrora negacionistas? Ou para quem finge que aplica o imunizante nos cidadãos? Talvez para os “Cavaleiros do Apocalipse” propagadores de mentiras que tentam fazer do povo de “O Palhaço”. Povo “Gladiador”, lutador semelhante ao “Rocky Balboa”, traído por Judas, de “Judas e o Messias Negro”, cansado de ouvir a “A Voz do Silêncio” e assistir o preto e branco de “ManK”, que diante de tantos problemas quase se entregando ao “Druk (Embreagado) – Mais uma Rodada”. Pois, mais que “300” espartanos mortos, já são mais de 335 mil brasileiros que perderam as vidas para Covid-19.

Enquanto o prêmio das vaidades do “Parque dos Dinossauros” é a morte, o roteiro da vida eterna está em “Jesus”, “Jesus de Nazaré”, “O Filho de Deus”, “Paixão de Cristo” e “Ressureição”.

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