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Crônica Covid: Parte 19 – Cancelados

Publicado em

Por Gessé Macedo

Foto: reprodução

As múltiplas opiniões sem embasamentos qualificados criam dúvidas sobre a segurança humana, nesse sentido as possibilidades do encurtamento da vida gera inconformismo e reflexões sobre o propósito do ser.

Diante de tantas indagações, interrogações sem respostas, muitos eventos foram CANCELADOS, das festas juninas aos Réveillons. Cautelas impostas por seres microscópicos e mutáveis, monstros quase invisíveis capazes de CANCELAR mais de 618 mil CPFs no Brasil.

Todavia, na realidade, as vítimas da Covid-19 não são apenas números para bases estatísticas, histórias de vidas interrompidas, amadas e amados distanciados, formação precoce de legados que poderiam alcançar horizontes maiores, mais belos.

Foto: reprodução

Paralelos a vertentes de mesma origem, há problemas enraizados na má formação social, gargalos estruturais e profundos. Comunidades construídas por invisíveis, de necessidades tangíveis, maximizadas, vistas por qualquer lente, a olho nu, sentida até pelos deficientes visuais, mas ignoradas pelas cegueiras dos pecados capitais.

Empatia natimorta que provoca filas, CANCELA atendimentos, hospitais lotados sem profissionais suficientes, sem equipamentos e medicamentos, todos vivendo sob pressão.

Mundo Selvagem que devasta e mata, à fome, de trânsito perturbado e perturbador, com violências gratuitas onipresentes. Assim, diuturnamente, as pessoas simplesmente desaparecem. Salvo para e pelo amor, também denominado de saudade.

Dessa forma, entre tantas imagens sombrias de caixões enfileirados e corpos amontoados, as redes sociais mostraram situações que chamaram a atenção e comoveram muitas pessoas. Por exemplo, a maior dor que um homem pode sentir, a perda de um ente querido, nada mais triste de ver, um pai carregado nos braços o caixão do próprio filho.

Postagem outra apresenta a cruel realidade espelhada com uma ponta de esperança; uma vez que, no lixão, uma criança catadora foi fotografada no momento que encontrara uma velha árvore de natal. Abraçada ao símbolo de prosperidade, revelou detalhes da possível compreensão do reencontro com o Rei Jesus, semelhante ao tempo da manjedoura, à margem das riquezas palacianas, CANCELADA para os banquetes da Corte.

 

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