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Crônica Covid: Parte 3 – Paciência é o dom da boa vida
Crônica: Gessé Macedo/foto ilustrativa
O tempestivo ditado revela que a vida é um jogo de paciência. Nesse sentido, só a calma, muita calma, para suportar os desdéns de doenças e os desprezos de mortes, ou seja, o reflexo da insensatez. Daí, deve-se protestar porque todas as vidas importam.
Notadamente, há tempos esperando a cura, remédios ou vacinas eficazes, suficientes para exterminar o inimigo comum. Assim, diante de tanto tempo, com pouco ou nenhum dinheiro e isolados sem cometer crime, a pandemia maximizou os problemas e inflamou as precárias convivências.
Por consequências, o atual quadro do mosaico familiar sofreu violentas manchas, deixou cicatrizes difíceis de serem apagadas. A falta ou o excesso de amor entre quatro paredes alcançou dimensões incongruentes. A ira da insanidade vitimou a célula mãe da sociedade.
Mesmo na situação de emergência, as brigas pelo poder não cessaram. Os inescrupulosos jogaram os princípios, a essência e as virtudes na “prateleira do esquecimento”. De sorte, as máscaras do mau-caratismo estão sendo rasgadas pela verdade e, com Fé em Deus, queimadas nas fogueiras do próximo São João.
Destarte, o sofrimento próprio só é considerado grande até o momento em que a sensibilidade olha ao redor e vê pessoas com sofrimentos maiores.
O tédio atingiu até as crianças mais novas, as mesmas ações no lugar de sempre. Todavia, o clima chato é quebrado pelo lindo sorriso infantil, ingênuo poder transformador que leva alegria para a alma e otimismo para seguir no firme propósito de ser feliz.
Então, o período de pandemia também pode ser considerado como oportunidades para novos diálogos de diferentes formas. Possibilidades de aproximações entre irmãos, pais e filhos, uma vez que as férias forçadas foram prolongadas por tempo indeterminado.
Embora a ordem é viver o “novo normal”, todos preferem voltar à antiga rotina de andar sem máscaras, protagonizar longos abraços e receber as bençãos dos mais vividos, idosos queridos que muito têm para nos ensinar.
Logo, o jogo da vida requer paciência e compreensão.
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