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Crônica Covid: Parte 8 – Símbolos e Marcas

Publicado em

Por Gessé Macedo

A pandemia não acabou e já deixou profundas marcas, feridas difíceis de serem cicatrizadas e perdas inesquecíveis. As metrópoles foram transformadas em desertos, cenários de cidades fantasmas, sem movimentos, sem abraços e sorrisos, até as reações mais sensíveis se tornaram digitais. Ressignificaram os principais símbolos, da generosidade ao ódio.

Nessa seara, abriu-se espaços para diferentes questões: a força da Fé, os fatores psicossomáticos, dúvidas sobre a retomada da precária economia, aumento das desigualdades sociais, bem como o mal da corrupção e suas consequências. Ou seja, o medo da perda, de ser enganado e de enganar-se, prevaleceu nos quatro cantos do país.

A história da corrupção brasileira também deixou suas marcas durante a pandemia, respiradores comprados por valores exorbitantes e que até a presente data não funcionam, hospitais prometidos que jamais foram inaugurados, ademais, muitas festas de ostentações bancadas pelo dinheiro público. Lado outro, a maioria dos brasileiros sofre para sobreviver, os combustíveis estão tabelados pelo mesmo valor dos artigos de luxo, as mazelas crescem na proporção que os empregos diminuem. Portanto, a crise econômica começou antes da pandemia e parece que não tem prazo para terminar.

A expressão “fogo no parquinho” ganhou proporções geométricas, atingiu o Pantanal e a Amazônia, apagou por vários dias o Estado do Acre, decepções de crianças, adultos e idosos. Atuais e futuras gerações ameaçadas, sem vacinas, presas nas próprias casas, sem escolas, sem a convivência com o novo da velha rotina e, na maioria das vezes, sem dinheiro.

Por derradeiro, no reino das armas, símbolos das guerras, as variantes do novo coronavírus ficaram mais potentes, atuam como uma “bala de prata”, seguem de forma cruel dilacerando famílias, destruindo sonhos e oportunidades. Logo, as medidas restritivas, com certeza, têm mais eficácia que qualquer deboche, que as risadas irônicas propagadas junto com as falácias dos perversos. Uma vez que, para alguns, a imunidade parlamentar ganhou mais importância que a imunidade vacinal da população.

No mais, diante dos quase 160 mil mortos no Brasil, a rebeldia e a desobediência se tornaram comuns para os diferentes ângulos na desordem instalada na mente humana. Assim, diante das indefinições, que o símbolo da promessa extermine o colapso no sistema de saúde e traga o infinito de paz para todos, permita a realização de um grande ato ecumênico na Praça da Bíblia, símbolo e marca do Amor Cristão.

             

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