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Itapetinga

Prefeitura de Itapetinga exonera secretário preso em operação contra desvio de recursos públicos

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Foto: Reprodução/Redes Sociais

A Prefeitura de Itapetinga, no Sudoeste da Bahia, demitiu o servidor que foi preso pela Polícia Federal (PF) na operação Overclean nessa terça-feira (10). Orlando Santos Ribeiro ocupava o cargo de secretário municipal de governo do prefeito Rodrigo Hagge. A exoneração foi publicada no Diário Oficial do Município na tarde desta quarta-feira (11).

O diretor-geral da Direção Administrativa da Secretaria Municipal de Educação de Salvador, Flávio Henrique de Lacerda Pimenta, a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Meio Ambiente ao servidor Kalliane Lomanto Bastos, do município de Jequié, foram presos na operação da PF. A exoneração deles aconteceu ainda no dia da operação da PF e foi publicada no diário oficial de cada munícipio. Todas as prefeituras se manifestaram publicamente através de nota, exceto a prefeitura de Itapetinga.

Segundo a investigação, o desvio ocorria por meio de contratos superfaturados firmados com o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS). Os crimes apurados incluem corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e contratos e lavagem de dinheiro.

O juiz federal Fábio Moreira Ramiro, da 2ª Vara Federal de Salvador, disse que houve fraudes e direcionamento de licitações realizadas pela Prefeitura de Itapetinga em favor das empresas Qualymulti Serviços e Allpha Pavimentações LTDA, ambas pertencentes ao empresário Alex Parente e seu irmão, Fábio Parente, apontados como líderes da quadrilha que também atuava em Salvador e outras cidades.

Entre os anos de 2018 e 2020, as duas empresas firmaram dois contratos com a Prefeitura de Itapetinga, envolvendo um montante superior a R$6 milhões. A polícia apontou que esses contratos “foram sistematicamente superfaturados, com serviços não executados ou mal realizados” nas áreas de limpeza urbana e obras públicas, respectivamente.

Segundo representação do Ministério Público Federal (MPF), Orlando Ribeiro “atua como um facilitador interno que utiliza o seu cargo para garantir que as empresas do grupo criminoso recebam os pagamentos dos contratos fraudulentos”. Em troca, recebeu R$83,5 mil por meio de propina.

As investigações apontam que o secretário de Governo tinha uma relação próxima com Alex Parente, com quem desenvolvia “estratégias para a liberação dos recursos dos municípios, manipulando as decisões em benefício da organização”.

Na tarde desta quarta-feira (11), o ex-secretário Orlando Ribeiro foi colocado em liberdade até o julgamento do caso. Ele deve cumprir medidas cautelares. A defesa do investigado ainda não se manifestou publicamente.

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