Sem chuva há mais de 100 dias, cidades baianas têm queda nos reservatórios de água

Alguns municípios da região sudoeste da Bahia estão há mais de 100 dias sem chuvas. A situação tem causado preocupação com o abastecimento de água por causa dos baixos níveis das barragens que abastecem os municípios de Vitória da Conquista, Belo Campo, Jequié e Guanambi.

A estiagem prolongada afeta os reservatórios de água. A Barragem de Água Fria 2, por exemplo, está atualmente com 83% de capacidade. Isso representa 5,2 bilhões de litros de água.

“É uma situação confortável, mas por se tratar de um bem precioso, ele requer um cuidado especial de toda população. O uso com sabedoria nesses dias mais quentes e o uso racional durante todo o período”, afirmou o gerente regional da Embasa, Manoel Marques.

O equipamento tem capacidade de armazenar 6,4 bilhões de litros de água e é o principal reservatório que abastece Belo Campo e Vitória da Conquista, município que recebe 60 milhões de litros de água por dia.

Para manter o serviço normal em Vitória da Conquista, a Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) tem um plano de operação que leva em conta o nível da barragem. Nesse momento, por exemplo, como a barragem se encontra com 83% da capacidade, duas adutoras foram acionadas: Catolé e Gaviãoziknho.

“A gente tem uma régua operacional que diz que até 95%, nós mandamos da Água Fria para Vitória da Conquista. Até 85% a gente aciona o manancial de Caculé, que serve de proteção ao de Água Fria. Quando o nível caí, como é o caso agora, que estamos em 83%, acionamos o sistema de Gaviãozinho”, explicou Manoel Marques.

Contudo, nem toda água que sai da barragem chega às casas. Segundo a Embasa, 28% da água que é distribuída na rede é perdida. Ligações clandestinas e vazamentos estão entre as principais causas.

A usina hidrelétrica do Reservatório da Pedra, localizada no Rio de Contas, está com 52,68% do volume útil.

Em Guanambi, o ​​reservatório de Ceraíma está com 34,6 milhões de metros cúbicos de água, o que equivale a 68,4% da capacidade total. A cidade está há 161 dias sem chuvas.

A barragem de Ceraíma é usada na irrigação do perímetro irrigado e complementa o abastecimento de água em Guanambi, Candiba, Pindaí, Caetité, Lagoa Real, Rio do Antônio.

 

Na região, as últimas caíram nos primeiros dias de abril. Os dados são do Pluviômetro Automático da Agência Sertão. As barragens não estão tão vazias devido às chuvas expressivas de janeiro, depois de uma seca intensa em 2023 que afetou quase metade dos 417 municípios baianos..

O melhor cenário para o reservatório é a chegada da chuva. De acordo com a previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), ela deve chegar ainda em outubro, mas em intensidade fraca. (g1)

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