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SP registra mortes por bebida com metanol; caso lembra tragédia em Nova Canaã

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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, confirmou nesta terça-feira (30) a primeira morte por intoxicação com bebida adulterada com metanol no estado. Outras quatro mortes seguem em investigação. Ao todo, já são 22 ocorrências, entre suspeitas e confirmadas, segundo o governo paulista. Com informações do Sudoeste Digital e Correio da Bahia.

O metanol é um álcool altamente tóxico. Pequenas doses podem causar cegueira ou até levar à morte.
A substância é usada na indústria, mas não pode ser consumida.

A notícia reacende a lembrança de uma tragédia que chocou o Brasil em 1999, na Bahia.
Naquele ano, 35 pessoas morreram após ingerir cachaça contaminada com metanol, no município de Nova Canãa, no Sudoeste do Estado.
Outras dezenas ficaram intoxicadas, e três perderam a visão. Também houve ocorrência do tipo nos municípios de Dário Meira, Ibicuí, Poções e Itiruçu.

O caso ficou conhecido pelo envolvimento de comerciantes locais.

A Justiça decretou prisão preventiva de três suspeitos, mas nenhum deles foi punido até hoje. Mais de duas décadas depois, os acusados seguem sem condenação.

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Na época, pelo menos 500 pessoas procuraram hospitais da região com sintomas de envenenamento.

Laudos apontaram que a cachaça tinha níveis de metanol até dez vezes superior ao limite tolerado pelo corpo humano.

A Secretaria da Saúde da Bahia fez uma força-tarefa para recolher a bebida e interditar alambiques clandestinos.

O episódio expôs falhas graves na fiscalização da produção de bebidas artesanais no país.

Também deixou uma marca de impunidade: 26 anos depois, ninguém foi responsabilizado pelas mortes.

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O então secretário de Saúde da Bahia, José Maria de Magalhães, disse aos jornais da época que o envenenamento não teria sido acidental.

“Diante da quantidade de metanol encontrada nas amostras, podemos dizer que a contaminação não ocorreu de forma acidental, pelo uso de recipientes com resíduos de metanol, por exemplo. Houve intenção criminosa de lucro por parte dos responsáveis pela fabricação da aguardente”, disse.

 

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