conecte-se conosco
 

 

Polícia

Vídeo mostra ação do Choque com dezenas de prisões na Penha, Rio de Janeiro

Publicado em

O secretário de Polícia Militar Marcelo Menezes explicou nesta quarta-feira parte da estratégia feita nos complexos da Penha e Alemão, Zona Norte do Rio, foi de criar um “muro do Bope”, o Batalhão de Operações Especiais, na área de mata anexa às favelas. O comandante da PM ainda disse que quem quis se entregar foi preso e que os agentes encontraram os mortos com roupas táticas. A ação deixou ao menos 120 mortos e é a mais letal da história de uma polícia brasileira.

Vídeo mostra ação do Choque com dezenas de prisões na Penha, Rio de Janeiro

— Incluímos a incursão de tropas do Bope para a parte mais alta da mata da Misericórdia criando um muro do Bope, fazendo com que os marginais fossem empurrados para a área mais alta pelas outras incursões. Nosso objetivo principal era proteger as pessoas de bem da comunidade. A maior parte do confronto se se deu na área de mata, onde a nossa tropa estava disposta, e foi uma opção dos marginais — diz ele.

O secretário de Segurança Pública Victor Santos afirmou que levar o confronto para a área de mata da favela foi uma estratégia para preservar vidas inocentes.

— Optamos por deslocar o contato com os criminosos para a área de mata, onde eles efetivamente se escondem e atacam os policiais. A opção foi feita para preservar a vida dos moradores. Tivemos um dano colateral pequeno, quatro pessoas feridas inocentes feridas, sem gravidade.

Anúncio

Castro classifica como ‘sucesso’ operação
O governador Cláudio Castro (PL) classificou a megaoperação que resultou em ao menos 124 mortos como um “sucesso” e afirmou que “de vítimas lá só tivemos os policiais”. A declaração foi dada após o mandatário ter se reunido na manhã de quarta-feira com integrantes da cúpula da segurança pública do estado e governadores de direita aliados para um balanço da investida contra o Comando Vermelho, realizada na véspera. Enquanto falava no Palácio da Guanabara, 60 corpos levados por moradores das favelas para a Praça São Lucas, na Estrada José Rucas, no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio, eram removidos e encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) para serem identificados e reconhecidos pelos parentes.

Castro se reuniu, via teleconferência, com os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL-SC) e de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil).

— Fiquei feliz em ver que todos eles perceberem o impacto de algumas ações ações judiciais tiveram o impacto no crescimento dessas organizações criminosas no Rio. Os governadores percebem isso claramente. Vejo como o início de um novo momento em que poderemos livrar os fluminenses, mas também os brasileiros, da criminalidade — disse o governador. — Nós não furtaremos de fazer a nossa parte, mostramos um duro golpe na criminalidade — acrescentou.

O governador respondeu às críticas de autoridades do governo federal.

— Eu queria deixar uma fala muito clara. O governador desse estado e nenhuma secretaria vai ficar respondendo qualquer ministro ou outro agente que queira transformar esse momento em uma batalha política. Quem quiser somar, estará muito bem-vindo. Aos outros, o nosso único recado é suma. Ou soma, ou suma. Não entraremos nessa armadilha de ficar querendo polarizar ou politizar uma das maiores ações que já fizemos. Esperamos um foco no Rio de Janeiro, de integração e de financiamento, já que há tanta preocupação, espero que eles nos ajudem sim — disse Castro.

Anúncio

O governador também afirmou que acompanha a reunião que acontece em Brasília hoje, aguarda um novo contato do governo e o envio de uma autoridade federal para o Rio.

— Os governadores têm muito a percepção de que grande parte das lideranças criminosas de seus estados passa por aqui. Toda ajuda será bem-vinda, mas será técnica e ordeira, sem politicagem — complementou.

Número de mortos

 

Castro disse que, até o momento, o balanço oficial confirma apenas 58 mortos, sendo 54 suspeitos e os quatro policiais. O governador afirmou, no entanto, que os números tendem a mudar, na medida que são realizadas as perícias pelo IML.

— Nós não contabilizamos imagens e fotos a partir do momento que eles chegam ao IML. A polícia faz esse trabalho. Daqui a pouco fica uma guerra dos números. Por enquanto, são 58, sendo o 54 suspeitos e quatro policiais. E esse dado vai mudar, e não é maior ainda porque o trabalho da perícia não terminou. Nós garantimos hoje que são criminosos.

Anúncio

PEC da Segurança

 

Mais cedo, ao GLOBO, Caiado disse que o grupo de governadores pretende para ir ao Rio para discutir medidas de enfrentamento ao crime organizado e oferecer apoio de suas perspectivas forças estaduais.

No ano passado, o mesmo grupo de governadores se manifestou contrário à PEC da Segurança apresentada pelo governo federal. Durante um encontro de representantes estaduais do Consórcio Sul-Sudeste, em novembro do ano passado, os mandatários assinaram um documento que afirmava que a proposta visa centralizar os sistemas de segurança estaduais, o que poderia enfraquecer suas administrações.

Nesta segunda-feira, Castro, no entanto, negou que o assunto foi tratado no encontro com os governadores.

— A agenda aqui não é política, não foi tratado sobre a PEC, ninguém falou de PEC. O assunto foi 100% do Rio de Janeiro. E o problema das lideranças criminosas deles (de outras unidades da federação), que estão aqui no Estado. Não teve essa conversa — disse. (Extraglobo e vídeo do canal FactualRJ)

Anúncio

➡️ Clique aqui para acompanhar as atualizações.

Compartilhe:
Anúncio

Mais Lidas

error: Content is protected !!