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Ceni promete reforços urgentes no Bahia: “Algo vai acontecer!”
Rogério Ceni prometeu reforços em breve para o Bahia –
O Bahia queria vencer o Fluminense em casa, se segurar com mais firmeza no G-4 e quebrar a sequência de empates que trazia de Sport e Retrô – mas não conseguiu. Em um jogo eletrizante com duas viradas na Arena Fonte Nova, o Tricolor empatou com o Fluminense em 3 a 3 pela 19ª rodada do Brasileirão, deixando o triunfo escapar.
Na partida, o grande tópico foi a atuação de Ronaldo, goleiro do Bahia. Dividindo a posição com Marcos Felipe, nenhum dos dois vem agradando a torcida, cometendo falhas que custam caro.
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“Na parte técnica, tenho um treinador de goleiros e eu me intrometo muito pouco. Eu deixo com que eles trabalhem a parte técnica. Quando eu insiro na parte tática, na parte de jogo, de construção, sim. Aí é minha responsabilidade, porque é o que eu peço para eles fazerem”, explicou Rogério Ceni.
“Mas eu sei que é muito diferente o treino do jogo. Quando aqueles bonequinhos atrás do gol se mexem, no dia que tem 40 mil, as reações são sempre diferentes do que num treinamento, onde a bola pode entrar, não entrar, que vai seguir a mesma coisa. Então, eu entendo que também o modo como a torcida, às vezes, reage a um erro de uma saída de jogo, tira a confiança para o próximo. Isso é uma coisa que eles vão ter que ganhar através disso”, avaliou.
“Você pode dar confiança, você pode pedir, mas na atmosfera que às vezes se cria, a pessoa perde um pouco dessa confiança. O que eu tento fazer é mostrar o que é melhor, como a gente pode sair em caso de pressão, em caso de mano a mano, em caso de superioridade numérica. Tudo isso é treinado. Agora, lógico, tem a reação pessoal, tem o que eu peço, o que é possível fazer e tem o que o cara sente naquele momento”, continuou.
Um dos maiores goleiros do futebol brasileiro, Ceni marcou época na posição, atraindo goleiros como Marcos Felipe que já afirmou ter ido ao Bahia muito para ser treinado por Rogério, que entende a situação dos goleiros e o que é estar no gol.

Bahia e Fluminense empataram em 3 a 3 na Fonte Nova
“É muito emocional o que eles sentem. Por isso que eles têm a opção, o direito de fazer a bola longa quando necessário e quando se sentirem à vontade para construir. É o melhor jeito que tem para a gente jogar”, comentou Ceni.
A torcida, no entanto, não entende do mesmo jeito, e tem vaiado ao longo das partidas. “Eles vão ter que superar o momento mental adverso, o momento psicológico adverso. Porque quando a torcida adversária te vaia, é zero problema. Quando a sua própria torcida te vaia, eu acho que vai ser muito da força mental, do lado psicológico”, disse o técnico.
“É isso que eles têm que superar. Eu sei que eles têm capacidade para exercer a função. Agora, vai muito da força mental. A parte tática, a parte técnica, eles têm tudo isso, têm as informações e têm a capacidade para executar. Agora, existe um momento de pressão no jogo que pode te levar ao erro. Eles vão ter que ir, através da confiança de todos dentro do clube, e vão ter que tentar superar esse momento negativo”, afirmou.
A janela de transferências ainda está aberta, e muitos rumores de que o Bahia estaria em busca de Patrick Sequeira como novo goleiro do elenco tomam força a cada falha decisiva de um dos dois.
“Nós estamos atrás de reforços em mais do que uma posição, é só isso que eu posso falar. É difícil, essa posição é uma posição difícil de você viver porque, quando você tem uma vaia ou uma desconfiança por parte do torcedor, a confiança é predominante para você ter sucesso nessa posição. Eu lamento, às vezes, sofrer um gol ou um erro, alguma coisa, uma saída de jogo que reflita numa vaia do torcedor, porque a tendência é que você perca a confiança no decorrer dos minutos. Eu só lamento que isso aconteça”, completou.

Bahia e Fluminense se enfrentaram pelo Brasileirão
Mental do elenco
Mas não são só os goleiros que vêm sentido a pressão da torcida – o resto do elenco também vem sendo atingido, com o mental abalado de acordo com Ceni. “Primeiro é tentar construir uma atmosfera favorável para você dentro do estádio. Para isso acontecer, vai ter que ter uma força interior muito grande da parte deles, de qualquer um dos três goleiros que nós temos hoje”, disse.
“Vai ter que ter um fortalecimento espiritual, mental, muito grande, para não deixar que nada os atinja nesse momento. Agora, nós temos que continuar tentando, continuar trabalhando, e eles têm que ter cabeça fria, tentar abaixar o batimento, tentar ter calma. Ou, então, nós vamos acabar sendo um time que rifa muita bola e começa a dar muito espaço de transição”, continou.
“E aí, tentar o limite deles, de cada um, para fazer as escolhas durante o jogo. E, se não se sentir confiável, se não se sentir confortável para executar o jogo combinado como nós fazemos, aí nós temos que tirar o time e, logicamente, ir para uma segunda opção, que é nas bolas longas”, completou.
Apesar das dificuldades recentes, o treinador tricolor está ainda mais satisfeito com o time no primeiro turno deste ano do que no ano passado, temporada histórica que rendeu o retorno à Libertadores para o Esquadrão.
“Eu acho que nós jogamos melhor esse primeiro turno do que o primeiro turno do ano passado, apesar da pontuação ser parecida, mas eu acho que a gente cria mais. Esse time desse ano é um time mais criativo, mais agudo, tem mais jogadas de um para um. É um time que joga, na maioria das vezes, quando teve Pulga, Ademir ou Kayky, enfim”, avaliou.

Rogério Ceni avaliou a postura do Bahia em campo
“Tenta, na maioria do tempo, ter dois jogadores de um para um do lado. Por isso, acho que cria tantas oportunidades de gol. Este ano, diferente do ano passado, o Juba vem fazendo um grande ano, acho que em matéria de construção tem sido também um ponto diferencial para a gente”, analisou.
“Quando ele não joga pela largura, como foi na parte final, quando o Cauly entrou, era um jogador que joga por dentro e joga bem. Então, acho que a gente cria mais. Até que eu não sei os números, mas o que eu sinto do jogo é que a gente está mais próximo do gol, com mais oportunidades claras”, afirmou.
As maiores dores do Bahia estão nos desfalques. Desde a partida contra o Retrô, o Tricolor perdeu Pulga, e desfalcou mais uma vez o ataque logo após conseguir Tiago de volta do departamento médico.
“Claro que a ausência do Pulga, por exemplo, traz um prejuízo para a gente, porque a próxima troca, no caso do meia, que é o Cauly, entrando para fazer o Juba passar, poderia ser feita com o Kayky. A entrada do Tiago, que é um garoto ainda, poderia ser feita com a entrada do Kayky do lado do pé bom, que ele gosta, que é o lado do Ademir”, avaliou o professor.
“Eu vejo o time jogar, ter mais oportunidades, jogar um pouco melhor do que no ano passado. Mas nós não conseguimos fazer o principal, muitas vezes, que é o gol, ser compatível o número de gols com as oportunidades que a gente cria”, finalizou.
Próximos passos
Agora, o Bahia começa o segundo turno do Brasileiro, e Ceni garante que algumas coisas mudarão na segunda etapa, especialmente em relação à chegada de reforços na janela de transferências. “Eu acho que todo mundo está fazendo. O grupo é conhecido no mundo inteiro, é um grupo que tem responsabilidade sobre aquilo que faz em cada lugar no mundo, em todos os continentes onde atua. Eu acho que há uma tentativa, sim, e nós temos convicção do que precisa. A gente conversa todos os dias sobre isso”, garantiu.
“Há uma tentativa. Eu não vou entrar aqui em parte financeira. O que existe é uma consciência de até onde a gente tem condições de ir para uma determinada peça. Eu acho que o mercado como um todo está muito caro. Nós sabemos do que precisamos, nós temos noção disso, e estamos tentando”, afirmou.
“Eu tenho certeza que alguma coisa vai acontecer nos próximos dias. O Grupo City como um todo, a direção, deu bastante ao Bahia desde 2023. Na minha chegada, houve um crescimento muito grande de peças, de contratações. Eu também quero, porque um, dois jogadores fazem diferença. E o grupo também quer, pode ter certeza disso”, opinou.
“As pessoas querem e vão fazer o melhor. Empresas trabalham de maneira diferente, mas as pessoas não estão paradas, estão tentando, fazendo de tudo. Quem sabe, até nessa semana, a gente possa ter mais uma peça importante chegando, que possa ajudar um elenco que já foi qualificado e vem sendo qualificado a cada ano”, completou.

Bahia e Fluminense se enfrentaram pela 19ª rodada do Brasileirão
Partida contra o Fluminense
Contra o Tricolor Carioca, o professor avaliou um time soberbo em campo. “Hoje era um jogo que você tinha que vencer independente de qualquer coisa. Você tinha que dar um jeito de vencer e nós não conseguimos. Acho que a gente oscilou muito durante o jogo. Começou um pouco distraído, reagiu bem, dominou o jogo, fez um a um, fez dois a um. E aí nós tivemos um pouquinho de soberba“, disse.
“Nós deixamos de tocar de maneira objetiva para ir para o gol. Nós quisemos mostrar que sabemos ter posse de bola, controle de jogo e nós, por uns cinco, dez minutos, deixamos de matar o jogo naquele momento de fazer o 3 a 1. Nós deixamos um pouquinho e tivemos um pouco de soberba naquele momento”, completou.
“Mesmo assim, eu também tenho que destacar o fato de não se desistir do jogo até o final. Mesmo tomando uma virada, saindo perdendo, teve força, tomando uma virada teve força. A gente joga um jogo fantástico durante dez, quinze minutos, oscila durante cinco, dez minutos, volta para o jogo e não desiste. Isso é louvável por parte dos atletas, o fato de até o final do jogo acreditar e buscar um resultado”, avaliou.
Quanto ao desempenho em campo, Ceni notou uma oscilação: “O primeiro gol de lateral foi uma desatenção. Na segunda, um time bem montado, a jogada não foi criada, ninguém errou na marcação, só teve a movimentação, Cano afasta da área, nós não grudamos nele. O terceiro gol, se eu não me engano, foi um chutão para a frente, que o Juba vai dominar, e tem a infelicidade dela dominar, escapar, o jogador pega no contra-ataque. Eu acho que foi mais desatenção ou um erro técnico mesmo que aconteceu“.
“Eu acho que o começo do segundo tempo foi terrível. Nossa postura no começo do segundo tempo não condiz com o que foi a apresentação do primeiro tempo. E isso tem sido, não sei por quê, mas tem sido uma dificuldade de a gente voltar para o segundo tempo um pouco mais ligado, mais concentrado“, afirmou.
“Eu falei exatamente disso no intervalo com eles. Isso me chateia, a maneira como nós voltamos. Nós não podemos ficar dois minutos sem tocar na bola e o adversário fazer o gol. E muda todo o clima do estádio. Você sai com um clima bom, uma virada, torcedor contente, energia lá em cima. Você volta, em dois minutos muda tudo dentro do estádio, você tem que remar“, completou.
Fonte: A tarde
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