Ministros de Bolsonaro irão explicar leite condensado de R$ 15 mi na Câmara Federal

A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) aprovou, nesta quarta-feira (31), a convocação do ministro da Economia, Paulo Guedes, e do ministro da Defesa, general Braga Netto, para explicarem problemas com os gastos do governo.

No caso de Guedes, o erro na projeção do Orçamento de 2021 para a Previdência, com um corte de R$ 13,5 bilhões de despesas obrigatórias no pagamento de aposentadorias. Para Braga Netto, as questões são sobre os indícios de superfaturamento na compra de itens de alimentação para o Exército. Um dos gastos que mais chamam atenção foi o montante de R$ 15 milhões em latas de leite condensado.

“A peça mais importante para o funcionamento do Executivo é o Orçamento, é o que viabiliza o funcionamento do Estado. Infelizmente, o Orçamento de 2021 foi mal elaborado e ainda vai nos dar muita dor de cabeça. Guedes precisa responder, por exemplo, como vamos combater a pandemia com um orçamento da Saúde 22% menor que o do ano passado. É o único país que no meio da pandemia reduziu o orçamento da Saúde”, destacou o deputado baiano Jorge Solla (PT), que divide a autoria do requerimento de convocação de Paulo Guedes com o deputado Léo de Brito (PT-AC).

O general Braga Netto terá de esclarecer ainda sobre o processo de compras de picanha, cerveja, bacalhau, filé e salmão para as Forças Armadas, com indícios de superfaturamento.

“O País se escandalizou com a denúncia da imprensa, dos gastos volumosos e suspeitos, com empresas supostamente de fachada, sem sede física que justifique o tamanho do contrato, de aquisição de alimentos para as Forças Armadas. Há indícios de superfaturamento de preços de itens como picanha de R$ 84,14 o quilo e cervejas a R$ 9,80 cada. Precisamos saber se houve malversação ou se é o caso de encaminhar-se uma CPI”, apontou Solla, co-autor do requerimento junto aos deputados Elias Vaz (PSB-GO) e Marcel van Hattem (NOVO-RS). (bnews)