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Itapetinga

Dor e revolta em Itapetinga | Morre cuidadora de idosos que entrou na justiça para conseguir vaga em hospital

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O momento é de muita dor, comoção e revolta para os familiares e amigos da cuidadora de idosos Sandra Marta Santos Amaral, de 50 anos. O corpo dela foi sepultado nessa quarta-feira (23) no cemitério Parque da Eternidade, no Bairro Nova Itapetinga, após ter sido velado no cerimonial da funerária Pax Perfeição, no Bairro Camacã.

Foto: reprodução

Sandra faleceu no hospital de Base de Vitória da Conquista onde estava internada desde o último dia (20), no entanto, sua luta pela vida começou no dia 6 deste mês, quando caiu e bateu com a cabeça na sala da residência onde morava. Encontrada pelos familiares, Sandra foi socorrida e levada para Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e, posteriormente, transferida para o hospital Cristo Redentor.

Segundo a família, o estado de saúde da cuidadora de idosos se agravou; ela precisava de um médico neurocirurgião, profissional não disponibilizado pelo hospital Cristo Redentor, administrado pela fundação José Silveira. A família foi forçada a entrar na justiça contra o hospital e o Estado da Bahia, para que a paciente tivesse seus direitos constitucionais garantidos.

O jornalismo do iRepórter abriu espaço para a família, produzindo e publicando a seguinte notícia: Grito de socorro em Itapetinga| filha pede ajuda ao município e estado para salvar a mãe. A notícia trazia o relato de uma filha desesperada, tentando salvar a mãe hospitalizada em Itapetinga (veja aqui).

O Poder Judiciário foi acionado pelos próprios familiares da paciente. A decisão judicial saiu na quarta-feira (16).
“Ao Estado da Bahia e ao Município de Itapetinga que realizem a transferência imediata da requerente para um leito de UTI com suporte neurocirúrgico, no prazo máximo de 72 (setenta e duas) horas, oferecendo os recursos necessários para o tratamento da paciente, sob pena de multa diária de R$ 1.000,00 (mil reais), limitada a R$ 10.000,00 (dez mil reais), sem prejuízo da adoção das demais providências cabíveis à espécie”, destacou o Juiz de Direito, Álerson do Carmo Mendonça.

Para a família, o grito de socorro foi ouvido pelas autoridades, porém, tarde demais, porque a transferência de dona Sandra teria que ser com urgência. Agora, a família vive uma mistura de sentimentos: dor, comoção, revolta e esperança de dias melhores.

Veja também: Itapetinguense é assassinado em Ilhéus

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