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Itapetinga

Novas informações: confronto entre um grupo de fazendeiros e indígenas no município de Itapetinga

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Sobrevivente do ataque que matou a irmã Maria de Fátima Muniz de Andrade, o cacique Nailton Pataxó declarou que a ação teve a presença de policiais sem farda. Em um vídeo, o indígena narrou o momento em que a irmã e ele foram baleados.

“Os fazendeiros chegaram escoltados porque chegaram umas 15 viaturas e, junto com os fazendeiros, chegaram mais cinco na frente. Aí fazendeiro já chegou gritando: ‘sai, sai’ e já foi disparando a arma. Outro já foi com um pedaço de pau, agredindo e vindo e foi um tumulto muito grande. E eu preocupado porque eu pedindo ao comandante que ele tinha condições de evitar que acontecesse um massacre. Aí Nega [Nega Pataxó] atravessou na minha frente e aí já foi baleada. Aí eu fui pra pegar pra não deixar ela cair, aí eu fui baleado também. Aí caímos juntos, um no outro. E mesmo assim, eu falava com o comandante: ‘comandante, tire a gente daqui, leve a gente pro hospital’. Não fomos correspondidos. E aí outro gritou: ‘acaba de matar’. Aí me deu uma paulada forte. Aí a minha irmã, sentada junto de mim, com a mão na barriga, falou: ‘meu fogo tá ficando curto. Não estou conseguindo respirar. Eu sei que eu não vou resistir’. Foram as últimas palavras que ela contou”, narrou o cacique.

Nailton Muniz disse que diversos agentes participaram dando suporte aos fazendeiros, que seriam pertencentes ao grupo “Invasão zero”. Logo após os ataques, dois acusados foram presos, um deles um policial militar reformado.

Um laudo de microcomparação balística identificou que o disparo que vitimou Maria Fátima Muniz de Andrade foi deflagrado pela arma do filho de um fazendeiro da região. O jovem, de 20 anos, foi quem atirou com um revólver calibre 38. Os dois seguem detidos.

Segundo a Polícia Civil baiana, o caso da morte da indígena passou a ser investigado pela Polícia Federal (PF).

Outro lado

Luiz Uaquim, fundador e líder do “Invasão Zero”, disse que o grupo está à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos que se fizerem necessários e reiterou que não compactua com qualquer tipo de violência.

“É uma acusação [feita pelo cacique Nailton] séria, especialmente vinda após uma invasão feita com homens armados, encapuzados. Desta maneira, entendemos a dor da perda da família, mas o momento é de ponderação e aguardar as investigações em curso”, declarou Luiz Uaquim.

A respeito das declarações do cacique Nailton, a SSP-BA disse ao Brasil de Fato que determinou à Polícia Civil prioridade na investigação da ocorrência na região Sudoeste da Bahia.

“A SSP-BA lembra ainda que dois homens foram presos em flagrante e autuados por homicídio e tentativa de homicídio. Armas e munições foram apreendidas”, declarou. (Brasil de  Fato e BN)

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